domingo, 24 de maio de 2009

Cólica

Pelo menos uma vez por mês eu odeio ser mulher.

Não basta ter perdido o emprego, não ter dinheiro, ser gorda, não ter boas notas, ter nascido uma espinha na testa, não ter uma vida amorosa normal, roer as unhas, ver todo mundo em volta com problemas, obra no banheiro... e ainda tenho que usar uma espécie de fralda, vomitar e sentir a pior dor do mundo por causa de um equívoco da natureza? Alo-ou, eu não quero ter filhos!

Que fique registrada minha TDM (Tensão Durante a Menstruação).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Durante o Chá com Torradas


Por um momento ela quis sumir de/em si. Não se pensar, não se ver, não se existir. Quis não precisar falar, ouvir, respirar. Quis não pensar no resto do mundo, na África, na Europa, na esquina, na estranha que mora ao lado.

Esvair-se de si é um bom exercício. Um bom exercício impossível.

Uma outra olhada ao redor... "É, até que não é tão mal estar aqui".

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Peculiaridades Sexuais

Hoje o almoço do Bandejão da UFF teve como sobremesa laranja. Enquanto comia, olhava para os lados e pensava: "Caraca! Comer (chupar, como preferir) laranja em público deveria ser falta de educação, tipo tirar meleca!"

Eis que me lembro...

Voltando da Barra da Tijuca para o Centro, em plena segunda-feira, depois de ter levado um tombo às 7:45 da matina e ter me sujado toda de lama, estava num ônibus impossível de dormir e precisei descer do 175. Olhei para o lado... O cara não me parecia maluco, autista, maníaco, psicopata, esquizofrênico (por favor não entendam como preconceito, não é essa a intenção, quero representar apenas um possível mundo paralelo), ou algo que explicasse a cena. Bem, vi os olhos do cidadão fechados, como num momento infinito de prazer, quase um gozo... COM A MÃO ENFIADA NO NARIZ! Cara, se ele tivesse tocando uma seria menos bizarro, eu JURO! Não consegui acreditar. O que seria aquilo? O cara é melecossexual? Acho que estava tão perplexa que outras pessoas começaram a olhar pro indivíduo.
Depois de certo tempo ele parou, abrindo os olhos vagarosamente. O orgasmo nasal se findara. Mano, eu sei que às vezes rola de surgir uma meleca gigante que quase não te deixa respirar, e que é mó bom quando você finalmente consegue tirá-la do buraco sem fundo, mas carinha de "vem cá, meu nego"?

Vai entender...

Esse cara é feito de escarro e ponto final.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Boa Reflexão

Eu Só Queria Entender - Frejat

Ah, será que ninguém percebeu que estamos girando no mesmo lugar?
Regredindo no tempo sem saber aonde nós vamos chegar?
Maltratando a Mãe-Natureza e esse imenso altar?
Impondo a miséria no mundo em nome de um tal "bem estar"?

Eu só queria entender o porquê

Ah, será que um dia uma estrela-guia virá pra mostrar o nosso papel:
Que a vida é uma linha fininha e o homem é o seu carretel?

Eu só queria entender o porquê

Ah, será que o sentido da vida é viver o prazer de ostentar o poder?
E depois, ao final, quando tudo acabar, o que vamos fazer?
Eu espero que o homem perceba que assim está se matando
Acabando com o mundo, sem ter, nem porque, é a razão de um insano

Eu só queria entender o porquê de viver
Eu só queria entender o porquê pra viver
Eu só queria entender o porquê pra dizer:
Eu só queria entender o porquê



Eu não consigo entender, e vocês? Entendem?

Beijo

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um pensamento fugido

Não segurei. As palavras me fugiram pelos dedos.


Não importa o que aconteça, a distância, o tempo que passe
É dos teus olhos que eu vou lembrar quando ouvir a canção
Seja ela de amor, de vida, sem sentido
Sempre é você que combina com o som

Não sei que momento é esse
Poucas vezes soube tão pouco como explicar o que estaria por vir
Poucas vezes acreditei tão pouco no que não se sabe
Mas eu to aqui, é esse o meu lugar

Quando eu não sei quem sou
Tendo mudança, andança, novos ares
Todas as metarmofoses não andantes passando por nós
E a minha sempre certeza de você existir

Talvez eu não precise de nada além
Ou precise apenas do que a gente não tem
Só queria não precisar
Queria deitar na minha paz, viver o que ela faz

Só queria viver de novo o que a gente faz...
Sem nome
Só não saber viver sem
Sempre bastou, a gente sempre foi, sem precisar ser

Toca a canção de novo, deixa eu me embalar em amanhã
Toca a nossa vida, fecha essa ferida cicatrizada
Acredita
Mesmo que não haja o porquê de mais nada


Clarice Vianna
05/05/2009

domingo, 10 de maio de 2009

Dia das Mães

O meu presente para ela.


Poderia ser uma
poderiam ser dez ou mil tulipas
mas escolhi três
Simples assim
Objetivas, elegantes
dignas de toda simpatia
Passíveis de apresentações
Imponentes, pouco convencionais
Originais
Entreabertas, sempre com espaço para mais
Encantadoras
Belas
Assim como ela...
Que sem seu desabrochar
do que seria feita eu?
Sem as suaves pétalas
a adocicar
Sem a firmeza do caule
a sustentar
Sem o caminho dos galhos
a direcionar
Sem o pólen necessário
para deixar
O que seria eu?

Obrigada, mãe, pela formosura da flor
por, além de tudo, a emoção desta vida!

Clarice Vianna
10/05/2009

Primeiro Post

Levei uma hora ou mais pra definir o nome desse blog. Não, não é fácil para uma pisciana decidir um "simples nome de blog". Percebi que não sou nada original, pois tudo que queria já tinham escolhido antes.

Mas ok, aqui está!

Não sei do que sou feita, "mas do que somos (feitos) todos nós?" (Sim, Los Hermanos, não abri mão de tê-los no título).
Colocarei aqui pedaços de mim. Espero que façam, de alguma forma, parte de vocês também.

Beijo e boa noite!